Título: Mais Que Amigos (Bros) • Direção: Nicholas Stoller • Gênero:  Comédia Romântica • Duração: 115 min • Lançamento: 6 de outubro de 2022 • Disponível: Aluguel na Prime Video e Apple Tv • Avaliação: 4/5

Mais que Amigos foi uma boa surpresa, para ser sincero eu não esperava muito do filme, mas, ele me divertiu bastante, me entregando altas doses de clichês que eu adoro, protagonista trem descarrilhado, romance fofo, com tudo para dar errado, um boa quantidade de diversidade e até leves críticas sociais.

O protagonista é um homem, branco, cis e levemente amargurado e reconhece todos os seus privilégios como tal, mas ainda assim em vários momentos ele se mostra um típico homem, cis, branco escroto, mas, é aquela coisa né? Não dá pra tirar toda a essência de uma gay branca né, se não qual seria a graça do filme se ele fosse todo certinho, como o personagem evoluiria?

O romance de Bobby e Aaron me pegou um pouco, sabe? Eu esperava que fosse dar tudo errado, mas, o relacionamento deles simplesmente flui e floresce e eu adorei, ainda que tenha sido meio arrastado, mas, eles possuem um boa química, mesmo em meio a suas diferenças, eles tem ótimas cenas juntos, uma das minhas, favoritas é deles na praia. 

Algo que me agradou demais no filme é como ele se propõe a debochar de si mesmo, logo no início do filme o protagonista se nega a escrever um filme de romance gay que até caras héteros possam assistir, porém, Mais Que Amigos é exatamente isso, um filme que caras héteros podem ver.

O filme aborda muitas das inseguranças do meio gay, de forma bem leve, para não assustar o telespectador que não está acostumado, mas, ele mostra que muitas vezes nós fazemos merdas por causa dessas inseguranças, o que obviamente não é uma desculpa para elas acontecerem, mas, não deixa de ser um motivo muito válido e real. Por motivos óbvios o filme tem toda uma aura LGBTQIA+, claro que ele foca mais no G, afinal, o protagonista é gay, mas achei boa a inserção de outros personagens da comunidade no filme, ainda que tenha sido meio clichê. 

O filme totalmente despretensioso e divertido — isso, porque desliguei o telão de militância, se não iria criticar muito mais rs —. Brincadeiras a parte, esse não é um filme que vai trazer surpresas para quem fazer parte da sigla, na verdade volto a dizer que esse filme é mais para pessoas heterossexuais do que para para a comunidade, mas, prefiro olhá-lo pelo viés da importância de ter mais uma obra trazendo representatividade para a comunidade.

Observações bobas, mas engraçadas sobre o filme:
— Não vou mentir que queria muito que o museu que aparece no filme fosse real, eu amaria conhecer;
— Ao menos para o filme se deram ao trabalho de contratar atores que realmente são da comunidade;
— O filme debocha muito dos filmes da Hallmark, mas, Luke Macfarlane (o Aaron), já fez mais de dez filmes para o canal;
— Os roteiristas desse filme são fãs da Mariah, não passou despercebido para mim que houve citação a várias divas pop gays da velha guarda como Kylie Minogue e Cher, e Madonna não foi citada kkkk e todo gay que conhece música pop sabe que Mariah e Madonna não se batem;
— Bobby criticando o gosto musical e para séries do Aaron tudo para mim, porque eu faria igual;
— Debra Messing, estereotipada como a melhor amiga dos gays kkkk, não vou mentir que adorei essa inversão de papéis que o filme fez, geralmente o gay é estereotipado como melhor amigo.
— Esse filme faz referências a tantos outros filmes: O Segredo de Brokeback Mountain, Mens@gem Para Você, Se Beber Não Case, Querido Evan Hansen, Me Chama Pelo Seu Nome, Clube de Compras Dallas, O Rei do Show, Bohemian Rhapsody (aqui foi uma crítica e eu amei), Uma Noite no Museu, Dirty Dancing: Ritmo Quente, Harry e Sally: Feitos um para o Outro, Jumanji e Yentl.
Em Mais Que Amigos, Friends, segue uma amizade improvável entre dois homens que lentamente se apaixonam pelo outro. Em um clube gay em uma noite qualquer, Bobby Leiber (Billy Eichner) esbarra em Aaron (Luke Macfarlane) - que está sem uma camisa. Os dois começam a conversar e acabam construindo um relacionamento sobre sua superioridade sarcástica sobre a insipidez dos gays do clube que os cercam. Aaron é um advogado corporativo, mas fora de contato com a cultura queer e política - fazendo com que Bobby duvide seriamente se Aaron é realmente gay. Inicialmente, não há exatamente muita química ou conexão entre os dois, exceto em seu desconforto compartilhado com a vulnerabilidade. Mas com o tempo passando, os dois acabam se abrindo para si mesmos, contando sobre suas vidas, aspirações e vulnerabilidades. O longa também retrata suas famílias, a dinâmica familiar de uma família queer bagunçada, onde pessoas discutem visões sobre política de identidade.

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