Título: O Mundo Que Habita Em mim • Autor: Luca Guadagnini • Editora: Seguinte • Compre: Amazon

Quando esse livro foi anunciado eu simplesmente fiquei super animado, a premissa era muito interessante, é um livro de autor brasileiro e que eu sempre to fazendo questão de ler, então, não perdi a oportunidade e solicitei para ler e descobrir o que essa história me traria.

Preciso começar falando o quanto eu adorei a escrita do Luca, a história é sempre fluida, ele trabalha de forma muito interessante as questões que ele introduz no livro, o desenvolvimento e ambientação da história são maravilhosos e nossa como eu amei os personagens secundários do livro. 

A minha grande questão com o livro foi o protagonista, 65% do tempo da leitura eu passei tendo ranço, revirando os olhos e xingando o Igor. Para começar, ele é um personagem drama queen, houveram cenas que foram postas provavelmente buscando trazer mais profundidade emocional para o personagem, entretanto, parece que apenas que ele faz tempestade em copo d'água por causa do acontecimento, afinal imprevistos acontecem... 

Eu serei muito julgado aqui, mas, eu achei a forma como ele lida com a bissexualidade dele covarde, entendo que cada um tem o seu tempo, mas, ele vivia numa ladainha e sofrimento por estar no armário, quando absolutamente nenhuma das pessoas com quem ele convivia demonstra qualquer tipo de intolerância e quando enfim as coisas acontecem ele não fica nem minimamente chateado pela forma que aconteceu, ele se sente aliviado, por alguém finalmente ter tirado aquele responsabilidade dele. 

E um terceiro ponto e talvez o mais grave para mim é o relacionamento dele com a Clarice, Igor afirma diversas e diversas vezes que a ama, mas todas as vezes que ele falava isso só me vinha a Flay do BBB falando "Não vejo verdade em você", primeiro porque todo o período em que eles estão juntos tudo era entediante, a relação deles não tinha emoção, tudo ali parecia errado. Eu até acredito que ele sentia atração por Clarice e a amava como amiga, mas como mulher, para mim, pela interpretação que fiz da leitura, ele nunca a amou de verdade, primeiro porque amor é sobre escolha e ele já começa a relação com dúvidas, se não a certeza não há amor, e segundo a forma como a fila anda e ele simplesmente esquece os "sentimentos" que tinha por ela, mais uma vez comprovam que ele nunca a amou de fato. A fila andar rápido é ok, é até normal, mas, não há nem um resquício do "amor" que ele sentia por ela em tão pouco tempo? Só em livro mesmo.

Eu basicamente gostei de todos os personagens secundários, Henrique é simplesmente a encarnação perfeita do melhor amigo que uma pessoa pode ter. Aryel é a namorada de Henrique e emana uma energia tão gostosa e é tão fácil gostar dela porque ela é simplesmente carismática. Caio e Jô são um casal de amigos que vão ganhando destaque com o passar da história e vamos nos apaixonando por eles a cada pedacinho da história e vivências deles que é compartilhada na história. 

Mas, sem dúvidas meus personagens favoritos são Vicente, pois, ele traz uma leveza para a narrativa, ele é uma amor de pessoa e junto dele que Igor viveu momentos do livro que eu realmente gostei do protagonista. E por fim, mas, não por último dona Nilcéia, a mulher é simplesmente um ícone, um cristal dilapidado, mesmo In memoriam, ela rouba todos holofotes, eu me via ansioso para um novo momento  em que ela seria citada na história, ele é a personagens mais carismática, carinhosa, alegre da história, eu adorei o quão palpável era o amor dela por Igor e o dela por ela, os momentos em que ela pensa, fala, relembra a avó são outros momentos que amo o protagonista.

Eu tive de fato meus problemas com o protagonista do livro, mas, óbvio que isso não será uma questão para todos os leitores. Para além das questões com o protagonista, preciso exaltar a delicadeza e normalidade do autor ao trabalhar alguns temas que podem ser considerados "sensíveis" que são incluídos na narrativa, Também gostei muito do desenvolvimento e ambientação da história Luca vai contando sua história e parece que estou lá na plateia ou seguindo viagem com os personagens, além disso adorei como ele usa perfeitamente elementos de cultura pop ao mesmo tem que visita artistas e músicas da "velha guarda". No fim, foi uma leitura que valeu demais a pena ser feita, tanto pelo sentimento de saudades que dona Nilcéia me trouxe, quanto pelos personagens interessantes. Espero ter oportunidade de ler outras obras do autor.
Igor sempre quis ser ator, e esse sonho parece cada vez mais próximo. O Festival de Artes Universitárias pode abrir muitas portas, e sua melhor amiga (por quem ele talvez esteja apaixonado) tem um roteiro maravilhoso na gaveta. Ele gosta de dizer que é feito de arte, e através dela pretende mostrar ao mundo quem realmente é. Mas para isso acontecer, Igor precisa tomar coragem para encarar todas as partes de si, até aquelas que mais o assustam…
Igor sempre teve certeza de que era bissexual, mas por medo do mundo, das expectativas alheias e da própria liberdade, achava mais fácil ignorar a atração por meninos. Porém, enquanto lida com o luto pela avó, se prepara para o festival, curte os últimos momentos da vida universitária e ainda sonha com o garoto que encontrou em um ônibus, essa realidade fica cada vez mais difícil de esconder. Como Igor será capaz de se encontrar, se parte de si permanece atrás das cortinas?

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